Corra Lola, corra!

O mundo parece que se converteu num mundo a imagem e semelhança do mercado. Tudo parece que se transformou em mercadoria, além das coisas, as pessoas, os corpos, as crianças, os adolescentes... Tudo. Parece que nada foi poupado. Parece que a lógica que anima cada indivíduo é a competição, a concorrência, a luta pela acumulação e pelo lucro, e parece que as nossas vidas passaram a gravitar em torno disso, comprimidas pelo fenômeno que é também da globalização: a compressão de espaço temporal. A frase do nosso tempo é: eu não tenho tempo. De tão envolvidos que estamos em micro atividades, buscando um lugar ao sol, um lugar no mundo e sucesso. 

Realidade

Fonte: Galeria de Antonio Ozaí da Silva

E você, concorda com o artista?

Encontrei essa arte em um site que fala sobre problemas sociais. Achei interessante compartilhar, uma vez que, infelizmente, concordei com o artista que a criou. É triste pensar que a grande parte da sociedade é criada dessa maneira e o pior é saber que isso é feito conscientemente.

O medo é que se você tiver coração e pensar nos outros, vai ser pisado, massacrado por esse mundo “mau”. Ou você age como eles ou será destruído. Será usado, viverá sempre na sombra de alguém. Não conseguirá promoções no serviço. Não conquistará bens. Nada de Status.

Degraus

Cobiça-se o que é do próximo quando se percebe que você também é capaz de tê-lo. Frase triste, mas realista. Estamos numa época em que o amor ao próximo não supera o sentimento de inveja... O “ter” supera o “ser” e tende a ser um sentimento forte. Para conquistá-lo as pessoas estão deixando seus valores de lado. 

Quem aborda sobre esse amor pelo domínio, pela superioridade de status, é o pensador John Locke. O que querem as pessoas com ânsia de poder? O inglês debruça-se sobre o tema “dominação”, divisão de deveres numa sociedade que só será possível com a ordem e, é claro, o poder.  Uns (poucos) mandam, todos os outros obedecem. 

Mãe

“Eu quero ser igual a minha mãe.” Manheee, não se iluda! Como filhos, eles amam e respeitam profundamente suas mães e acabam se confundindo entre ser e admirar. (Aqui que entra a questão da rebeldia na adolescência, onde você fica entre o que é e o que queriam que você fosse). Quando você admira e ama com todo amor, necessariamente não quer ser igual. Você é você, tem uma base diferente e jamais tomará as mesmas atitudes se for agir por suas próprias ideias.

Eu a amo, eu a cuido, a ajudo e estou presente. Eu a escuto e a aconselho. Observo e, claro, dou os meus palpites. Está é uma ligação forte e real. É o único e verdadeiro amor. Pelo menos o que não tem como se quebrar, acabar, enjoar. Ser filho é estar aberto. Se mãe, mais ainda.

Totalmente impróprio

Muito triste saber que um dos lugares mais lindos e, que até então eu pensava que era, um dos mais reservados, mesmo com moradores, esteja sendo destruído desta forma. Essa foto é da Costa da Lagoa, tirada no último domingo. Com certeza estes lixos são dos próprios moradores... Logo logo a água estará imprópria para banho (se já não estiver) e muitos dos turistas passarão a pensar duas vezes antes de atravessar o canal para almoçar as delícias do mar com vista para uma lagoa de peixes boiando. 

Cadeira de praia, ventilador, roda de bicicleta, encosto de cadeira...

10 a zero

Como é bom ter alguém pra amar, alguém que te dê frio na barriga, que te ligue só pra dizer que te ama. Alguém para se dividir as alegrias e as tristezas também. Pensar em dividir uma casa, os afazeres e toda aquela rotina de casados que de início é tão perfeito que pensamos: “porque que não duraria pra sempre?” 

Você acha que só quem vive de acordo com as regras da sociedade cristã, imposta séculos atrás, pode viver isso? Você acha justo que depois de anos de convivência com uma pessoa, não ter direito de responsabilizar-se por aquilo que construíram juntos só porque não está no seu nome? Se até as amantes, que dividem seus homens com outra mulher, têm praticamente os mesmos direitos que a esposa oficial. Que diabos de Lei impediria que casais homossexuais tivessem os seus direitos reconhecidos?