“Wellington, de 23 anos, entrou em uma escola municipal nesta manhã, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.” Este trecho, retirado de uma matéria que descreveria todo o massacre ocorrido em Realengo (RJ), mostra uma realidade diferente da que conhecemos no Brasil, mas que é muito conhecida em países onde as crianças já não têm mais emoções e expectativas com o futuro.
No Brasil, é comum ver adolescentes pobres que se corrompem, se marginalizando em busca de sonhos materiais. Mas, acredito que não podemos condená-los, uma vez que, as mídias sociais, principalmente a TV que é de livre e diário acesso na casa de praticamente todos os brasileiros, vende sonhos muitas vezes surreais. Comum, também, são os adolescentes de classe média alta, que têm tudo. Daqueles que nem chegam a desejar e já vêem na sua frente. São crianças sem emoções. E que só vão conquistar emoções em coisas ilícitas.
Estes jovens brasileiros quase sempre se apresentaram assim. Mas, difícil é encontrar casos em que tenham cometido atos de vingança à sociedade. Atos pensados, estudados e executados na maior frieza. Aqui, tudo é resolvido no calor da emoção. Na raiva, na hora em que está sobre efeito de drogas, nos momentos de desespero.